terça-feira, 24 de agosto de 2010

Apatia

Vou quebrar mil e uma promessas. Apetece-me ser imprudente, puro capricho.
Vou sentir a adrenalina aliada ao perigo, so para quebrar as promessas que fizemos, e que desde o inicio nunca cumpris-te e as quais eu sempre me mantive fiel a. Vou ser eu a batoteira agora, vou lançar-me á descoberta de algo que me faça alucinar e ouvir a tua voz irritada mas nao menos suave no meu inconsciente. A adverter-me, e a condenar todos as minhas atitudes. Vou ser irresponsavel, inconsciente, porque me apetece quebrar tudo o que resta, vou destruir tudo o que ainda manipulas na minha vida, vou deixar de ser sensata e previsivel.
Sei que nunca mais vou encontrar vestigios de nós, e muito menos ter um deja vu do que foi nosso. Só recordação vagas mas contrariamente até muito nítidas e que me assombram, ainda.

Aquele vazio no peito volta a inundar-me. E doi, doi, doi.
é penoso o estado doentio a que cheguei.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Família Refugio

Dói tanto saber que nem sempre correspondo da melhor maneira. A vocês, pessoas que me suportam, hoje e desde sempre.
Não vos chamo apenas amigos, somos uma família. . Não são para mim desconhecidos agradáveis, mas irmãos multifacetados.
São imprevisíveis em quase tudo, menos no simples facto de eu saber onde estão nas horas do meu sofrimento.
Desculpem aquele meu mal humor, a minha frieza, a minha resistência. Eu sei que nem sempre sou uma pessoa linear, mas se assim não fosse que importância teria eu para vocês?
É a complexidade que faz de nós pessoas fortes e com destreza.
Companheiros de luta. É por vocês que o meu coração se enche de vontade de bater desalmadamente.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

AMOR?

O andar parou, o nariz cheirou, a mão tocou e gelou.
Na ânsia de algo? Claro que sim.
Ele parou, para sentir, e ela sentiu que ele parou. Ambos pararam e sentiram, ambos se sentaram para deixar fruir o sentimento que ambos ambicionavam sentir.
Sentados e parados, para tentar traduzir em palavras o que é intraduzível.
Limitaram-se, então, a sentir tudo e de todas as formas.
O que seria a vida deles, um sem o outro?
Mesmo parados e sentados, conseguiram sentir o que os une.
E finalmente as mãos, já então entrelaçadas, consumaram, por fim, o amor calado que escondem.
Escondido, porque é só e apenas deles. Porque é somente e exclusivamente para eles.
E as palavras continuavam sem sair, porque amar, é só e apenas, SENTIR.