terça-feira, 8 de novembro de 2011

Açucar

És cego ou finjes que não consegues ver
Questiono-me vezes sem conta sobre a tua condição, não sei se o fazes para me afastar ou para me aproximares de ti. O que é certo é que és o unico que me faz acreditar que existe algo para além do vísivel, que me faz acreditar que voltei a ser eu, que a pedra fria se converteu num coração mole que bate para ti e por ti.
É imutavél o que me fazes sentir e o que fazes querer ser, consegues fazer-me querer de deixar ser uma coisa morta e uma coisa fragmentada.
Só o teu olhar reacende a chama que há muito esmorecera, e estou tão convictamente certa disso que me julgo uma idota apaixonada sem limites nem objecções.
Quero guardar o teu cheiro dentro de mim, cheiras a aguá pura com um sublime toque de mentol, a junção perfeita e imprevisivel que coloca os meus sentido alerta. Que bom que é sentir, o que há muito não sentia, querer o que há muito não queria e que aliás fugia. Medos? Receios? Faz com que eles se dissolvam velozmente como se fossem açucar na aguá, sim porque tu és a minha água. és a água que quero beber, és o essencial, o necessário para mim, Já eu não sou mais do que açucar!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Merda de Jogo

Podia ser que talvez um dia a minha mente seja tão aberta que eu consiga entender determinadas situações que perturbam e atormentam o meu bem estar. Nem tudo é bom, nem tudo é mau, tudo é mediano. Só os sentimentos o não são, ou são enormíssimos, ou nulos, não há um meio termo, ou se gosta ou não se gosta. Deviam ser medianos, deviam ser equilibrados, assim não sofreríamos nem muito, nem pouco. Sofreríamos o habitual e o suportável. Mas não, mais uma vez tudo é de extremos, tudo é desequilibrado e oscilante.
O dado não pára de ser lançado, e parece que todas as faces dizem a palavra perder. A probabilidade de ser  ganhar é escassa, como a de toda a dor se dissolver também o é. É sempre assim este jogo de azar que me consome.


segunda-feira, 6 de junho de 2011

Descafeinado!

hoje fui ao café, e o empregado já sabe previamente o que eu quero!
O descafeinado e um copo de água, gesticula o empregado do outro lado do vidro. E eu aceno afirmativamente com a cabeça.
Não posso beber café, aconselhou-me o médico, diz que é o melhor para a minha saúde. Por isso opto pelo descafeinado, tem o leve sabor do café, mas sejamos sinceros, um bom café, é um bom café . Enquanto um descafeinado parece uma água deslavada pouco intensa, e que nao deixa aquele sabor bom na boca, apenas um pequeno aroma.
Um bom café é como um grande amor, intenso, saboroso e delicioso, chega até a ser viciante. Mas lentamente lá vem a desilusão que nos leva ao descafeinado, que faz melhor a saude e ao coração. Depois de um grande dissabor e desamor, nada melhor que um desafeinado para nos tentarmos iludir com aquele leve sabor.
É facil distinguir um grande amor, de uma pequena paixão, tal como de distinguirmos um café de um desafeinado. Quem ja provou um cafe/grande amor, jamais o confundirá com um descafeinado/paixão.
Optem por uma paixão, nao faz tanto mal á saude, nao deixa muito sabor na boca, por isso é facil de esquecer.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Faca

Tenho saudades daquele toque infernal que provocava aquele abalo doentio em mim. que me fazia suspirar.
Hoje prouro-te mas nao sei por onde começar, procuro cada traço teu, cada melodia vinda dessa tua boa angelical, cada pegada mas não te consigo encontrar em mim. E pergunto: o que foi feito de nós?
Não devia ter enontrado aquela faca, eu sei que nao devia, mas ela parecia vir amenizar toda a tempestade que há muito se instalara. Nao devia ter pegado na faca, não devia ter esfaqueado cruelmente o amor que carregava no peito, mas fi-lo.
Espalhei pela cidade pedaços do amor que matei, cada rua, cada beco, cada ruela. tem vestigios do meu crime. E tudo me faz lembrar o assasinato que cometi, e do que tão deseperadamente fiz em nome da minha sanidade .
Não sou nada sem o que matei, ja nem as lembranças conseguem ser reconfortantes.
Procura-me, em cada rua, em cada beco, em cada ruela. pois sabes onde me enontrar. Estarei onde matei, nao o nosso amor, mas o que restava de mim.