domingo, 26 de setembro de 2010

O que fomos nós?

O que somos nós sem memorias, o que somos nós desprendidos delas? Elas fazem parte de um bem-estar momentaneo, que aparece subitamente quando pensamos no que foi. É a unica certeza, é o que fui, o que vivi, o que trago em mim, o que é e não é meu, mas que de qualquer maneira trago comigo sempre e para toda a parte.
Esteja onde estiver a minha alma continua com a merda dos flashbacks, das associações estupidas de qualquer coisa parecida com antes. Sinto a falta de sentir o que sentia, e sinto o medo de poder nao o voltar a sentir, sera legitimo esperar algo do amor? Será que posso pedir a um ser transcendente que me mande de volta para um passado feliz? Merda, sei bem que não, mas porque não fantasiar se a unica coisa que nos pertence é a imaginaçao?
E eu, presa ao passado, lembro e relembro, aquele sexo. Sexo puramente fisico? Não era muito mais forte a penetração das nossas almas que.
Mas sim, também fisico, era o nosso instinto carnal, era aquela ansia de sentir os corpos colados e suados, a gritar silenciosamente um pelo outro, asunhas nas costas, os suspiros profundos, e por fim o orgasmo a chegar. Que sensação boa que era sentir o prazer a explodir, o corpo a contorcer.

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